
Introdução
No palco econômico global, 2025 se revela como um ano de desafios intensos e ajustes lentos. Se, por um lado, muitos países ainda lidam com as consequências da pandemia e enfrentam tensões comerciais avassaladoras, por outro, o Brasil navega em águas turbulentas com inflação persistente, juros elevados e uma cautelosa retomada do crescimento.
Panorama Econômico Global

O crescimento mundial em 2025 deve desacelerar para cerca de 2,3%, uma fração abaixo do inicialmente projetado. Esse é o menor ritmo desde os anos 60, sinalizando um ambiente de crescimento estrutural mais fraco, especialmente em economias emergentes. Mesmo a inflação, embora em queda, continua elevada e pressiona os bancos centrais.
Além disso, um novo protecionismo global começa a moldar o comércio internacional. Com os EUA impondo tarifas massivas e tensões crescentes com países do BRICS como o Brasil, o risco de fragmentação comercial se intensifica.
Panorama Econômico Brasileiro

Crescimento do PIB e Inflação
O Brasil está projetando um crescimento econômico de 2,4 a 2,5% em 2025, segundo o Ipea e o governo . O FMI, por sua vez, mantém previsões similares, mas destaca que a economia segue sob pressão de políticas monetárias apertadas. Enquanto isso, a inflação permanece persistente. Mesmo caindo levemente, o IPCA ainda está em 5,3% a 5,35%, acima do teto da meta contínua (4,5%). Esse cenário obrigou o Banco Central a manter a Selic em 15%, a mais alta em quase 20 anos.
Política Fiscal e Tarifas Internacionais

O novo arcabouço fiscal impõe limites e gatilhos automáticos para os gastos, visando conter o endividamento e alcançar superávits moderados nos próximos anos. Entretanto, a eficácia dessa estratégia ainda é questionada por alguns economistas. Além disso, as tarifas dos EUA a produtos brasileiros (até 50%) continuam gerando instabilidade. O impacto atinge setores como agro e manufatura, enquanto o Banco Central reforça que manterá juros altos para conter a inflação e ancorar as expectativas econômicas.
Em resumo, o mundo vive uma desaceleração global com geopolítica fragmentada. No Brasil, apesar das medidas fiscais e monetárias, o crescimento ainda depende da contenção inflacionária e da normalização comercial. Para o cidadão — seja investidor, empreendedor ou trabalhador —, isso significa navegar com cautela, buscar informações confiáveis e manter o foco nos fundamentos financeiros pessoais.
Se quiser entender como esse cenário impacta investimentos e finanças pessoais daqui para frente, recomendo acessar nosso outro conteúdo: [Como investir de forma segura em tempos de incerteza econômica].